Esta manhã a Lurdes Rata irrompeu de forma extemporânea e inadvertida pelo meu quarto adentro, gritando como se não houvesse amanhã – “Patrãozinho, patrãozinho, já viu o pacote da troika?”
Estremunhado e assarapantado com o inusitado alvoroço, não consegui discernir a mensagem da mulher-a-dias e respondi-lhe com azedume, voz rouca e olhos arremelgados, o que me veio à cabeça, ao mesmo tempo que me virava para o lado contrário procurando posição para continuar o repouso – “Nem o pacote nem as maminhas! Deixa-me mas é sossegado que ainda é madrugada!”.
O raio da mulher não percebeu a interjeição e, acto contínuo, atirou a esfregona ao focinho do patrãozinho, deixando-me a cabeça à razão de juros. A que taxa? Não sei. Só sei que o FMI acabara de fazer a sua primeira vítima.
O raio da mulher não percebeu a interjeição e, acto contínuo, atirou a esfregona ao focinho do patrãozinho, deixando-me a cabeça à razão de juros. A que taxa? Não sei. Só sei que o FMI acabara de fazer a sua primeira vítima.
Caro Relaxoterapeuta
ResponderEliminarSou assim um bocado para o sorumbático e raramente dou uma gargalhada. Dizem que faz bem, mas eu esqueço e já é preciso alguma capacidade para me fazerem rir. Já nem com cócegas.
Hoje então é daqueles dias ( não consigo perceber bem porquê) que nada me faria rir à gargalhada. Pronto foi preciso vir aqui.
Devo-lhe mais esta.
Patrãozinho sofre!...
ResponderEliminarMas deu-me para sorrir... em amarelo, é certo, mas sorriso.