Na semana passada o camarada Jerónimo, em representação do sopro colectivo, entre palavras de ordem e alguns (inevitáveis) perdigotos, “bufou” as velas de mais um aniversário do seu partido, o que se releva - quem não reconhece, ou percebe, o papel e a importância sociológica e cívica que o PCP teve em Portugal nos últimos noventa anos, ou anda distraído ou anda a meter-se na poncha, a afamada bebida espirituosa do arquipélago das bananas.
Por entre os habituais discursos e profissões de fé, Jerónimo, armado de shotgun e munido de balas de borracha, fez uma vez mais pontaria a Sócrates – “Este Governo mais tarde ou mais cedo acabará por prestar contas". “Pois é camarada” – pensei eu – “e nessa altura o povo que é quem mais ordena corre com Pinto de Sousa e indigita o siamês Passos Coelho, uma realidade incongruente face à leitura política do camarada secretário-geral. Irónico, não é?”
A questão é que, para o bem e para o mal o PCP não é um partido de Estado, no mais genuíno sentido da expressão. Talvez por isso o camarada Jerónimo não tenha percebido a ironia das suas próprias palavras, nem (talvez) a principal razão da “ala fundadora” do PS continuar a não evidenciar manifestos sinais de contestação ao engenheiro Pinto de Sousa.
A bem da verdade do "talvez"
ResponderEliminarAinda pior que a convicção do não
é a incerteza do talvez
é a desilusão de um quase!
É o quase que me incomoda
que me entristece, me mata
Trazendo tudo que poderia ter sido
...e não foi
Sarah Westphal
Um texto reaccionário, ao melhor estilo anti-comunista primário. O seu autor devia ter vergonha.
ResponderEliminarOra aqui etá um comentário antisocialista primario. não é caso para ter vergonha?
ResponderEliminarComo é que é possível que alguém, mesmo anónimo, identifique como reaccionário o autor do texto.
ResponderEliminarPelo exemplo do anónimo de 11 de Março, desanconselho vivamente a pessoas com aquele QI, a visitarem este espaço. O que aqui se escreve é muita areia para a camioneta deles.
Este texto é tudo menos anti-comunsta e reaccionário. Antes pelo contrário.
Acima de tudo, é um olhar inteligente sobre um palco onde se movem muitos actores, parecendo que alguns deles só conhecem as suas "falas" e não fazem ideia como vai acabar a peça.
Aguardemos pelos próximos capítulos.