Não é que tenha algum empatado na peleja, que se prevê tão escaldante como um serão de domingo na Travessa do Possolo, mas, bem vistas as coisas, este poderá ser o primeiro passo para entronizar o brilhante e reluzente crânio do próximo primeiro ministro de Portugal. Eu cá já acredito em tudo.
Dupond & Dupont vão a meças. Discutiram publicamente a forma, mas não o conteúdo, porque, ao que parece, não há muito conteúdo para discutir. Pelo menos em público, o que se estranha, dada a insistência com que se referem à abertura do partido à sociedade civil. Seja lá o que isso for.
O tempo das discussões ideológicas no partido dos Dupondt parece ter esmorecido, após o efeito eucalipto da vigência de Pinto de Sousa, que, como é público, secou tudo à sua volta, e a derrota eleitoral, que deixa adivinhar uma travessia sem grande glória, por tacticismo de alguns e por voluntarismo de outros. É pena, pois o país precisava de contributos válidos, para além dos do “Prós e Contras”, do Prof. Medina Carreira e da Alexandra Solnado, e o sistema político de regeneração.
À punição infligida, pelos que ainda se atreveram a votar, nas últimas eleições, os Dupondt responderam que é tempo de pensar o futuro e não de lamuriar o passado, erro básico de quem não entendeu nada do que se passou. Ao desafio do patriarca Soares para que o partido se refundasse, os Dupondt responderam com truques, magia, arrufos e um magnífico laboratório de ideias para tentar descobrir o que pensar sobre futuro. O experimentalismo das ideias deverá contudo ficar adiado devido à falta de pessoal especializado e de reagentes. Duvido também que a sociedade civil queira entrar para contribuir. É que já só tem meio peru e a outra metade cheira-me que já deve estar encomendada. Ou muito me engano ou o Africano de Massamá já tem ideia do destinou a dar-lhe. Estou até desconfiado que ele e a Sra. Dona Cristas também têm um laboratório de ideias. Colossais!
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