Recém-chegado do retiro termal que o doutor do nervos me encomendou “por razões meramente profiláticas”, lá para as bandas de S. Pedro do Sul, apenas uma saudação e uma pequena nota para vos dar conta do complemento ao tratamento, uma experiência a que me submeti por vontade própria e sem resmungos, embora num primeiro momento tenha duvidado dos efeitos higiénicos do “suposto placebo”: três semanas sem televisão, jornais, internet e telemóvel. Três semanas de reencontro com o mundo interior, comigo, olhar para dentro e ver os pulmões, o coração o fígado, as entranhas, e perceber que um dia vão parar (pode até ser hoje…). “Será que tenho dado o melhor de mim?“
Às vezes é preciso dar prioridade ao silêncio e questionarmo-nos sobre as nossas próprias prioridades. Pode parecer egoísmo, mas não. Trata-se apenas de uma necessidade básica – é tão fácil criticar os outros, mas tão difícil ter capacidade de auto-crítica.
Para o bem e para o mal, é com indisfarçável saudade que volto sempre à cidade que me viu nascer. Agora com os nervos recauchutados, alguns decilitros de providencial Dão no bucho e com uns quilitos a menos, na carteira. Mas volto sempre, como diria o Zé Mário – “…muito mais vivo que morto, contai com isto de mim para [escrever] e para o resto”.
Caro Relaxoterapeuta
ResponderEliminarÉ bom vê-lo de volta, até porque não faltam motivos de inspiração. Mas vá com calma, não se queira pôr ao corrente de tudo assim de repente, senão ainda estraga o "tratamento".
Ah! Se reparar no post anterior já se estava a organizar uma manif aí para o Casal da Formiga a exigir o seu regresso ao nosso convívio.
Abraço e uma boa reentré.
Aleluia, chegou...
ResponderEliminarEspero, que as águas e o Dão lhe tenham feito bem.
Abraço
Parabens pela coragem das terapias, algo que saudavelmente lhe invejo.
ResponderEliminarE, dois em um, também lhe agradeço o alvitre acima. Vou tentar ler a "Fábrica dos Espanhóis" por estes dias.