Entre duas notícias de desgraças
humanas, a pivot do jornal das oito lê a nota de rodapé do início da campanha
eleitoral para as europeias, seguindo-se as habituais imagens das procissões de
arciprestes, acólitos e paisanos, beberricando espumante e mijo de burro em
púcaros de alumínio, servidos por diligentes escanções localmente bem aparelhados.
É bem certo. As campanhas eleitorais são cada vez mais como as épocas de saldos,
começam muito antes da data marcada e apenas servem para despachar stock.
Vai-se falar de tudo menos do tema. Porque a europa é uma miragem, lá longe, e
porque a paróquia está à tripa-forra e quer despachar a quadrilha que tem franqueado
a porta ao saque. Mas para serem substituídos por quem, senhores? Pelo Tó
Seguro, o anémico secretário-geral do maior partido da oposição que se arrisca
a ser primeiro-ministro sem saber contar nem soletrar?
É bem certo. Só vejo uma
forma do maior partido da oposição, que se arrisca a indicar o próximo
primeiro-ministro, perceber as suas mais profundas responsabilidades e a delicadeza
do momento – levar uma tareia vexatória no próximo dia 25 de Maio.
É que se assim não for, Dupont
vai suceder a Dupont, e uma mão lava a outra e as duas lavam o vesgo. E a malta
continuará atolada até ao pescoço. Ou como diria o génio Lopes Graça – ACORDAI!
ACORDAI! ACORDAI!...
Cada dia a Europa se torna um conto do vigário carregada de aldrabices e outras coisa mais que nos enchem os olhos e nos esvaziam os bolsos e a razão
ResponderEliminarCaro Relaxoterapeuta
ResponderEliminarComparo o que se deduz deste texto àquela "estória" de mandar para o campo a equipe B. Só para entreter e cumprir calendário.
Abraço
Rodrigo