11/12/13

Dialéctica



  
É claro que para quem não tem a mínima noção do que é “planeamento”, falar em Plano B não fará qualquer sentido. Mas será mesmo assim?
Por vezes a realidade demonstra-nos o contrário, a existência de Plano B não resulta propriamente de uma visão estratégica e lúcida da forma como pretendemos antecipar e acautelar eventuais contingências, mas antes como resultado e consequência dos próprios acontecimentos, substituindo-se assim a acção opcional pela reacção condicionada. Senão vejamos. O governo continua a negar a existência de qualquer Plano B para a eventualidade do chumbo, pelo Tribunal Constitucional, de algumas medidas contidas no Orçamento de Estado para 2014. Mas será mesmo verdade? Não, não é. O plano B do governo é António José Seguro. Assim como Mário Soares é o Plano B do PS, os Estaleiros de Viana o Plano B da Martifer ou a coligação PS/CDU o Plano B dos Pereiras (Álvaro & Vitor).
A actual situação do país deixa-me profundamente inquieto. Mas as alternativas que se vislumbram no horizonte ainda o tornam mais negro.
O melhor mesmo é ir comprar 605 Forte para accionar o meu Plano B e ir desta para melhor, caso a hipocrisia do Sr. Silva persista em considerar a democracia como o Plano C ou D para a regeneração política do regime, e caso nós, o povo sofredor, brando e cordato, continuemos impassíveis a assistir ao funeral de Mandela, bebendo minis e comentando a triste figura do Sr. Silva a descascar cebolas e a espalhar diplomacia barata.



2 comentários:

  1. O relaxado é um triste ninguém lhe dà confiança. O melhor é pedir ao macaco que lhe arranje um lugar no pasquim.

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  2. Triste é quem escreve comentários destes. Agora do que não tenho dúvidas nenhumas é que o Relaxoterapeuta poderia perfeitamente escrever crónicas para qualquer jornal nacional.
    Os cães ladram e a caravana passa.

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