26/07/13

Pequenos gestos

A pôr a escrita em dia, no blog de amigo destas andanças, dei de caras com uma declaração pública de amor que não consigo ignorar. De um pai para uma filha.
Pela forma corajosa como foi escrita e por todo o dramatismo que encerra, fez-me sentir que a dimensão do amor é um traço dos Homens corajosos, que a dimensão dos dramas pessoais nos faz relativizar os nossos próprios “dramas”, e que nada nos deverá desviar do essencial. Não sei se teria a coragem de me desnudar e de revelar aquele turbilhão de sentimentos e de “fragilidades”. Por isso relevo a sua atitude que me tocou profundamente. Pela dignidade com que o fez.
É por isso que tenho a certeza que a filha do meu amigo estará extremamente orgulhosa do pai, e que sentirá ter recebido a melhor prenda que ele alguma vez lhe poderia dar – o seu amor incondicional.
A compreensão destes pequenos gestos não cabe nos memorandos de entendimento, nem nas crises da coligação, nem nas trapalhadas do sr. presidente, nem na insensatez das máquinas partidárias. Mas devia. Pois é sempre a vida das pessoas que está em causa. Pessoas de carne e osso, que amam, que riem, que choram, que sofrem com a incerteza dos dias.
Embora não possa partilhar com esse amigo a vivência da paternidade, partilho a solidariedade do momento com um forte abraço (mesmo que virtual), e a emoção incontida do amor que tudo alcança, que tudo vence. Mesmo naqueles momentos em que a vida nos parece escorrer por entre os dedos. Coragem, em frente é que é o caminho!
 

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