Os portugueses são um povo generoso e fraterno. Pelo menos, de quando em vez. Foi o que aconteceu este fim de semana e, segundo as notícias, redundou numa extraordinária jornada de solidariedade. Como sempre, no Casal da Formiga todos contribuíram com o seu quinhão. De boa vontade!
À parte a joint-venture entre o Banco Alimentar e as grande superfícies, que sendo útil e por ventura incontornável logisticamente, bem poderia ser mais generosa se Belmiro & Ca. abdicassem pontualmente das margens dos produtos de primeira necessidade mais solicitados, resta-nos porém o IVA...
Pois é, o mesmo Estado que enterra milhões em massagens cardíacas para reanimação virtual de bancos moribundos, intoxicados no seu próprio lixo e nas fezes de quem os dirige, mas que não sabe cuidar dos seus cidadãos mais vulneráveis, ainda se apropria duma parte da nossa solidariedade, a 6 e a 21%. Indecoroso!
O melhor mesmo é não pensarmos muito nisso e continuarmos a minorar a miséria dos que ainda têm menos do que nós, pois somos os únicos que lhes valemos.